sexta-feira, maio 20, 2016

Baleias-de-bico em nova tese em paleontologia por João Muchagata


A estrutura bizarra no crânio da baleia-de-bico extinta Globicetus hiberus levou à tese por João Muchagata integrado no Mestrado em Paleontologia da FCT-Universidade Nova de Lisboa + Universidade de Évora. Parabéns ao João Muchagata que agora é Mestre com uma classificação de 18 valores.



Data: 18 de Maio de 2016
Mestrado em Paleontologia
Dissertação: "Função, dimorfismo sexual e variação intraespecífica das estruturas rostrais bizarras na baleia-de-bico extinta Globicetus hiberus"
Júri: Doutores Carlos Ribeiro (UÉ), Mário Estevens (CM Almada) e Octávio Mateus (FCT-UNL, orientador).

Defesa de tese de João Muchagata: candidato, júri e orientadores.


Resumo: Zifídeos são odontocetes ecolocalizadores capazes de efetuar mergulhos de grande profundidade. O recentemente nomeado Globicetus hiberus do Plioceno, exibe uma peculiar e grande esfera óssea no rostro, o processo mesorostral da pré-maxila ou MPP. A origem e função do MPP é misterioso, mas algumas hipóteses são abordadas: 1. malformação, doença ou deformidade; 2. lastro; 3. luta intraespecífica; 4. reflexão e orientação do feixe de som; 5. aumento da velocidade das ondas sonoras; 6. barreira sonora; e 7. órgão sexual. Algumas hipóteses são rejeitadas (1, 2, 6), outros podem desempenhar um papel secundário (3, 4, 5) e sugerimos o órgão sexual secundário (7) como a melhor hipótese. O MPP varia de tamanho nos seis espécimes estudados. Durante a vida, o MPP cresce alométricamente nos machos, mas não nas fêmeas, o que sugere que é um caso de dimorfismo sexual. Estas baleias seriam capazes de detetar ossos como imagens ecóicas distintas, portanto, o MPP poderia funcionar como um órgão sexual secundário, a chamado hipótese das “hastes internas”.

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